Principais fatores que contribuem para a obesidade e outros distúrbios alimentares segundo a visão sistêmica.
A mãe é aquela que dá vida, nutre e oferece segurança para o filho. Por isso, quando o adulto apresenta problemas com peso está inconscientemente buscando essa mãe.
Dessa forma, qualquer distúrbio alimentar: seja compulsão, anorexia, bulimia, ortorexia, vigorexia, problemas com obesidade e por aí em diante estão diretamente relacionados com a figura materna.
Portanto, a relação que você tem com o alimento representa de maneira indireta a relação que você tem com a sua mãe.
Abaixo estão alguns dos distúrbios alimentares mais comuns e como funcionam na prática.
Compulsão alimentar
Compulsão alimentar é um distúrbio mental em que a pessoa sente a necessidade de comer, mesmo sem fome. E, ainda assim, mesmo já satisfeita, ela continua comendo em grandes quantidades. Após o episódio de compulsão alimentar a pessoa experimenta uma sensação de perda de controle.
Na visão sistêmica a relação de dependência está intimamente ligada aos padrões de infância dessa pessoa. Afinal de contas, quanto é suficiente?
Enquanto crianças, são as regras externas que moldam a nossa percepção de certo ou errado, bom ou ruim. E infelizmente são essas mesmas regras que acabam sufocando as nossas verdadeiras necessidades.
Com isso, a criança cresce acreditando que precisa comer de uma determinada maneira. Enfim, quem nunca ouviu frases como: “deixar comida no prato é pecado”, “precisa comer tudo se não não vai ganhar sobremesa”, “vai comer porque é hora do almoço”, “come mais um pouquinho, tá tão magrinha.”
Anorexia
Anorexia é um distúrbio alimentar que faz a pessoa ter uma visão distorcida do próprio corpo. Pessoas com anorexia costumam ter uma opção pelo peso e um medo profundo engordar.
Para isso, as pessoas que sofrem com anorexia utilizam meios de manter seu peso abaixo do normal com algumas medidas radicais como jejum, passar fome, restringir exageradamente as calorias das suas refeições, e até, fazendo uso de medicamentos diuréticos e laxativos.
A anorexia é comum em ambos os sexos e há casos em que a pessoa pode praticar exercícios físicos exageradamente. Um exemplo dessa dinâmica na visão sistêmica é quando a pessoa rejeita a figura da mãe em si.
Aliás, quando essa rejeição é muito grande, a pessoa busca com esses comportamentos, compensar com a própria vida, algo que ela não consegue aceitar.
Bulimia
A bulimia é um transtorno alimentar caracterizado pela compulsão por comer. Depois de um episódio compulsivo a pessoa com bulimia busca eliminar essa comida através do vômito provocado ou outras medidas como jejum e exercícios físicos em excesso.
Todas essas medidas servem para para evitar o ganho de peso. Assim, na bulimia a relação com a figura da mãe é a seguinte: “eu até engulo você, mas quando você não estiver olhando eu coloco tudo pra fora.”
Ortorexia
Já na ortorexia a pessoa passa a consumir basicamente apenas o que considera saudável. À primeira vista essa pode ser uma medida importante, contudo a longo prazo esse comportamento pode levar a pessoa a se isolar socialmente, evitando ir à restaurantes, confraternizações e evitar consumir qualquer coisa que seja preparada por outra pessoa.
Definitivamente, esse vício em dietas causar na pessoa com ortorexia problemas nutricionais, como carência de vitaminas, anemia e até osteoporose no longo prazo.
A ortorexia é caraterizada principalmente pelo controle excessivo dos nutrientes. Do mesmo modo, na visão sistêmica a pessoa que adquire esse comportamento tem grande dificuldade de aceitar a vida como ela é, e busca sempre uma forma de poder controlar tudo que está a sua volta.
Vigorexia
A vigorexia é também caracterizada pela visão distorcida do próprio corpo resultando na prática exaustiva de atividades físicas. Essa autoimagem negativa leva a pessoa a ter sentimentos de vergonha de si e inferioridade.
Bem como outros transtornos, pela visão sistêmica a vigorexia resulta da rejeição da mãe dentro de si. Com isso a pessoa busca expulsar aquilo que está dentro.
Obesidade
A obesidade é basicamente caracterizada pelo excesso de gordura corporal. Frequentemente, a pessoa com obesidade consome mais calorias do que o corpo gasta. Além disso, um dos fatores que mais impactam o ganho de peso é o sedentarismo.
Em síntese, a pessoa obesa vive uma relação de dependência emocional com a comida no seguinte sentido: “eu preciso de você”, “não vivo longe de você”.
Comida não serve para ser antidepressivo e muito menos para aliviar os sintomas de ansiedade. A princípio se a nossa fome não é biológica é outro alimento que devemos buscar.
A nossa alma também têm fome, e ela não cessa até que você a alimente.
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É tanta regra do que é certo ou errado que esquecemos de ouvir a nossa própria sabedoria interna.
Tayna Caroline psicoterapeuta

Referências bibliográficas
EINSTEIN, Hospital Israelita. GUIA DE DOENÇAS E SINTOMAS. Obesidade. Disponível em: https://www.einstein.br/guia-doencas-sintomas/info/#24
EINSTEIN, Hospital Israelita. GUIA DE DOENÇAS E SINTOMAS. Bulimia. Disponível em: https://www.einstein.br/guia-doencas-sintomas/info/#24
VARELLA, DRAUZIO Portal. Ortorexia: Obsessão por alimentos saudáveis pode virar doença. Disponível em: https://drauziovarella.uol.com.br/psiquiatria/obsessao-por-alimentos-saudaveis-pode-virar-doenca/
FARIA, CLAUDIA. Sinais e sintomas de anorexia nervosa e como é o tratamento. Disponível em: https://www.tuasaude.com/anorexia/
ALMEIDA, ROSANA TAVARES. Compulsão alimentar: causas, sintomas e tratamento. Disponível em: https://blog.psicologiaviva.com.br/compulsao-alimentar-tratamento/